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quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Poder da Doçura


O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes. A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo. De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913: "Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.

"Doçura é a arte de dizer as mesmas coisas de uma maneira mais dócil, mais aceitável, menos brusca. A franqueza é uma qualidade, mas isso não desculpa a falta de cuidado ao falar. É preciso ter em mente a maneira como a outra pessoa vai receber o que dizemos. A ira provoca a ira, a violência provoca a violência, a doçura acalma os corações e os tornam ternos. Ao darmos uma notícia desagradável, expressarmos nossa opinião ou reclamarmos nossos direitos podemos controlar o impacto que aquilo vai ter, seja na outra pessoa, seja em um grupo de pessoas. Pode ser a mesma coisa dizer "isso fica feio em você" e "eu penso que aquele ficaria bem melhor." Mas a pessoa que recebe se sentirá menos agredida pela segunda maneira. É a mesma coisa em qualquer situação, onde devemos manter nossa franqueza, nossa sinceridade, sem que o outro nos veja como portadores de más notícias, críticos e desagradáveis. Em um grupo, numa reunião ou mesmo dentro de casa, se não concordamos com alguma coisa é nossa forma de expressão que vai conduzir a resultados positivos ou negativos. Podemos acalmar ânimos e acabar com intermináveis brigas de surdos, com uma atitude serena e tranqüila, com voz branda e calma. Nós temos o poder e a capacidade para administrar as relações que nos envolve, o olhar das pessoas sobre as situações do mundo ou fatos dificilmente aceitáveis. Se realmente for inevitável a nossa missão de distribuir espinhos ou bebidas amargas, que o façamos da maneira mais doce possível, porque dura já é a vida em certas ocasiões. Eu sei bem que somos apenas uma pequena gota nesse oceano da vida e transformar nossa maneira de ser e viver não vai mudar o mundo, mas essa transformação pode ter um impacto muito positivo sobre o nosso mundo pessoal. 

“Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. Efésios 4:31, 32. O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino. Provérbios 16:21.

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