- Espaço Mãos e Coração
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sábado, 24 de outubro de 2009
Como não me aborrecer!!!!
-Mestre, como faço para não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
-Pois viva como as flores, advertiu o mestre.
-Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.
-Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimentos. Exercitar, pois, a virtude é rejeitar todo mal que vem de fora.
-Isso é viver como as flores!
"Não corra atrás das borboletas, cuide do seu jardim e elas virão até você"
Jesus afirmou certa vez que seríamos conhecidos como seus discípulos, se amássemos uns aos outros.
Ao ser interrogado sobre qual seria o primeiro mandamento, Jesus respondeu: Amarás a Deus sobre todas as coisas e o segundo mandamento, semelhante a esse é: amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Amar o próximo é assumir o lugar do outro. É sentir as necessidades alheias, tomar para si o sofrimento de alguém. É ver o próximo como gostamos que este nos veja.
Mas como amar assim, se a natureza humana é, si mesma, egoísta e interesseira? O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, no capítulo 5, versículo 5 diz que o amor de Deus é derramado em nosso coração. É esse amor de Deus é a fonte do amor com que devemos amar uns aos outros.
A Bíblia também diz que devemos suportar uns aos outros. Isso é o amor em prática, no sentido pleno. Suportar não significa concordar com os erros do outro, por exemplo, mas não excluir alguém de nosso convívio, de imediato e definitivamente, por ter praticado algo contra nós. Devemos suportar nosso próximo, mesmo sem gostar de sua atitude, sabendo que um dia iremos fazer alguma coisa contra aquela mesma pessoa e vamos querer que ela nos suporte.
Isso não anula a disciplina. A displina faz parte do cristianismo verdadeiro. Paulo, quando falou da necessidade de se suportar o outro, ele estava dizendo que devemos, quando for necessário, disciplinar alguém, porém, sem jogá-lo fora, desprezá-lo. Devemos fazer tudo com muito amor, visando ganhar tal pessoa.
Que o amor de Deus continue a ser derramado em nossos corações para vivermos em comunhão uns com os outros como ensina o Salmo 133.
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